Confraria brasileira de vinhos de Portugal

A “Confraria brasileira de vinhos de Portugal”, recentemente criada pelo amigo e companheiro de degustação Alexandre Rodrigues, teve como atividade inicial uma excelente degustação vertical (mesmo vinho, de safras diferentes) da Quinta do Côtto. Esta Quinta, localizada na região do Baixo Corgo, no Douro, sempre esteve focada na produção de vinhos tintos tranqüilos, deixando a produção do Vinho do Porto em segundo plano. Dos tintos, são produzidas apenas duas linhas: Quinta do Côtto e Quinta do Côtto Grande Escolha. O primeiro é o resultado do corte de tinta roriz (a mesma tempranillo espanhola ou aragonez no Alentejo), touriga nacional e touriga franca. O segundo, é um vinho produzido a partir das vinhas mais antigas da propriedade, que passa por 18 meses em barricas novas de carvalho português e conta com grande participação da casta sousão, que explica a conservação da coloração profunda mesmo após longo envelhecimento. É produzido apenas nos melhores anos.


Estes foram os vinhos degustados:

Quinta do Côtto 1995 (elegante, macio, cedro, tosta intensa, avelãs, fruta mto. madura. 89+)
Quinta do Côtto 1997 (balsâmico, cereja, leve doçura, vegetal, macio, leve a.v. 88-)
Quinta do Côtto 2002 (tosta intensa, fruta mto. madura, +tanino, +álcool, potente. 88)
Quinta do Côtto 2003 (amora, fruta fresca, lácteo, mineral, média concentração. 88+)
Quinta do Côtto Grande Escolha 2001 (ervas, canela, tanino mto. fino, boa acidez, mel. 90)



Tendo em vista a grande oportunidade, ainda praticamos algumas harmonizações: tanto o magret como a codorna combinaram de forma excepcional com o Q. do Côtto 1995, pela maciez e sutileza deste exemplar mais evoluído, tanto o prato quanto o vinho ganharam com a união.



Nosso colega e também companheiro das degustações da revista Gula, C. Hakim, ainda contribuiu com o ótimo Meandro (do Vale Meão) 2004: opulento, muita violeta, doce de leite, taninos finos e acidez sustentando o conjunto.



Para finalizar em grande estilo um Porto Vintage Fonseca Guimaraens 1986: evoluído, potente, boa fruta (fresca), leve amendoado e nozes.

Participaram da degustação nosso “mestre” J.G.L.Pagliari e nossas colegas F. e A.
Esta degustação foi realizada no restaurante Santo Colomba.
Sucesso Alê!

Postado por Marcel Miwa.

Comentários

Que delícia deve ter sido essa degustação e harmonização!! Até fiquei com água (pena não ser vinho!) na boca.
Boa escolha desses vinhos... dizem os entendidos aqui de casa!
Eli disse…
Eu ia amar participar! Que delícia!
Marcia disse…
Marcel, nem sei o que dizer diante de tantantas e tão boas informações. Obrigada. Beijão para Nina.
O Marcel disse que os vinhos (Quinta do Côtto) eram da adega particular do Alexandre Rodrgigues, o criador desta confraria.
Deve ter sido um jantar muito agrdável!
bjo,
N.
Anônimo disse…
Espero que o vosso excelente blog passe, agora, a dar mais atenção aos vinhos portugueses!
Beijo e abraço!
Scalabis,
pode ter a certeza que prestamos muita atenção aos vinhos portugueses. Inclusive, considero a Revista de Vinhos (de Portugal) uma das melhores revistas que tratam do assunto. Pena chegar aqui no BR com certo atraso...
abs,
Marcel

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