Ano internacional da batata
2008 foi escolhido pela FAO como o ano internacional da batata (seguindo a sugestão do International Potato Center). O objetivo da ONU é criar a consciência da importância da batata na alimentação e promover a sua produção.
Existe uma previsão de um grande aumento da população mundial dentro de 20 anos, mas como garantir comida para todas estas pessoas? Talvez a batata possa ajudar nesta batalha.
De origem andina (provavelmente sul do Peru e/ou norte da Argentina), este tubérculo foi introduzido na Europa através da Espanha. No começo foi utilizada apenas como planta ornamental (assim como o tomate). O início do seu consumo no Velho Mundo é cheio de controvérsias: Antoine Augustin Parmentier (agrônomo, nutricionista e higienista francês) ficou preso durante a guerra dos Sete Anos sendo alimentado apenas por batatas e, voltando à França (fraco, mas vivo) pesquisou sobre a qualidade nutritiva do tubérculo. Mas dizem também que ele estava transportando a batata sob forte escolta, o que gerou curiosidade do povo (proibido = delicioso). Não sei ao certo qual é a "lenda" verdadeira da introdução da batata na alimentação dos europeus, mas vários pratos à base da Solanum tuberosum recebem o nome de Parmentier devido a esta figura.
No ano passdo, aconteceu um episódio em torno das batatas. Ganhamos duas variedades diferentes deste produtor de batatas para experimentar: Nascente Yapira e Nascente Puã. Ambas possuem o termo "nascente" no nome porque a empresa que as desenvolveu é Nascente.
Batatas in natura: a vermelha é a Nascente Yapira e a branca é a Nascente Puã
Testei em diversas cocções: cozida em imersão, cozida no vapor, frita, rostï, gnocchi e purê.
Em imersão, a "Nascente Puã" absorve mais sabor, mas a "Nascente Yapira" fica mais macia.
Nascente Yapira cozida em imersão (nishime)
Na cocção em vapor, as duas ficaram com boa textura e sabor. Foram armazenadas em geladeira de um dia para o outro e continuaram boas.
Nascente Puã cozida em vapor
Sob fritura (em duas etapas, primeiro cozinhe em óleo e depois frite em óleo bem quente), a Puã fica mais seca e mais dourada e a Yapira fica mais saborosa, macia por dentro e crocante por fora. Na foto: a da direita é a Yapira.
Em forma de rostï, a confeccionada com Yapira ficou com a consistência muito mole (parecia um purê), e a de Puã ficou perfeita, dourada e crocante por fora sem perder a textura por dentro. Nas fotos, a primeira é com a Puã e a segunda é com a Yapira e está recheada com queijo e salame caçador.
Na confecção de gnocchi, produzindo com a Yapira (180g de batata cozida no vapor + 1/2 gema + 30g de farinha de trigo) ficou super macio, saboroso e mais amarelo, e com a Puã(180g de batata cozida no vapor + 1/2 gema + 42g de farinha de trigo), ficou bom, mas a textura era mais pesada, uma vez que necessitou de mais farinha de trigo que a outra. Na foto, o gnocchi à esquerda é confeccionado com a Yapira.
Para purê (com leite integral, manteiga e sal),o produzido com a Yapira ficou mais cremoso e saboroso e o confeccionado com a Puã não ficou com boa textura (não gerou cremosidade e ficou um pouco pegajoso).
A Yapira entrará para o mercado no meio deste ano e a Puã ainda não tem previsão.
Agradeço à família H. pelas batatas!
Dúvida sobre os pesos e medidas dos ingredientes? Clique aqui.
Postado por Nina Moori.
Comentários
Anotado!
Beijinhos,
Luna, o Marcel é quase isso: um cobaia de cozinheira! rsrs
bjos,
Nina.
Gostaria muito de experimentar essas variedades. hm! :-) Aquelas fritinhas ali, hm-hmm-hmmm!!! :-)
beijo,
Adorei todos os ensaios.
Beijocas
Boa idéia testar tipos diferentes de batatas.
Gostei muito das duas rostï!
Beijos,
Débora
Beijos.
Como pode dois tipos de batatas serem tão diferentes, não é??
A natureza é incrível mesmo!!
Sou alucinada por batatas, mas evito o excesso... vc sabe, carboitrato em excesso para tudo no quadril... hehehehehehe
Bjundas
Beijos
Laila, eu iria pirar lá! Dá-lhe batata e milho...
Marizé, a mãe do Marcel faz uma salada de batatas bolinhas cozidas com casca que fica muito boa!
Akemi, elas são tão versáteis! Até bebida se faz com elas!
Débora, depois de todos aqueles testes, ficamos uma semana sem poder ver batata...rsrs
Elvira, acho que todos consomem batata, ainda não conheço ninguém que as consuma.
Aline, este produtor de batatas patenteou as variedades que foram desenvolvidas pela Nascente. Batata tem DNA tbm!
Eliana, espero que a Puã tbm entre no mercado logo!
Nani, quis aproveitar os testes feitos com as batatas para postar junto com o tema da FAO.
bjocas a todos,
Nina.
Lembra da agitação que foi meu "post" em que falava de batatas? E Eu nem sabia disto...
Enfim, ao povo as batatas! Que venham todas elas.
Carlinhos, lembro sim! Batatas, como viver sem elas?! rsrs..irresistíveis!
bjos,
Nina.
bjo,
N.
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