5ª Harmonização Virtual
Nesta edição nossos amigos do Le Vin au Blog (Rafaela e Claudio) sugeriram o vinho Finca La Linda Bonarda 2006. Para escolhermos o prato, demos uma “olhadinha” na ficha técnica do vinho (ótima, completa - disponível no site da importadora Decanter) e parte da idéia surgiu de lá.
O prato escolhido foi o Risotto de cogumelo e pepperoni:
Fundo (caldo) de legumes:
½ xícara de cenoura picada
1 xícara de cebola picada
½ xícara de salsão picado
1 dente de alho pequeno esmagado
4 talos de salsa
3 pimentas do reino em grão
Leve tudo ao fogo baixo com 1L250ml de água. Deixe cozinhar por cerca de 40 minutos, após levantar fervura, sempre no fogo baixo. Coe e reserve o caldo. O caldo que sobrar, esfrie e congele para futuras receitas (sopas, molhos, etc).
Risotto:
1 colher (sopa) de óleo
1 colher (sopa) de manteiga
½ cebola média picada
180g de pepperoni finamente fatiado
100g de cogumelo Paris fresco fatiado (cerca de ½ bandeja)
50ml de vinho tinto seco
½ xícara (chá) de arroz arbóreo
fundo de legumes bem quente
¼ xícara (chá) de queijo parmesão ralado
sal a gosto
Aqueça o óleo e manteiga em panela de fundo grosso. Junte a cebola e refogue sem dourar. Junte o pepperoni e deixe dourar levemente.
No fogo alto, adicione o cogumelo e refogue por cerca de 5 minutos. Junte o arroz e refogue.
Acrescente o vinho tinto. Abaixe o fogo e adicione 2 conchas de fundo de legumes quente (deixo uma panela pequena com o fundo em fogo bem baixo).
Conforme o líquido for evaporando (não use tampa), acrescente mais um pouco de fundo de legumes. Mexa de vez em quando para não grudar nas laterais ou fundo da panela.
Cozinhe até o arroz ficar al dente (a quantidade de fundo varia conforme arroz, provavelmente estará no ponto com cerca de 3 xícaras). Acrescente sal a gosto e desligue. Finalize com queijo parmesão. Sirva imediatamente.
Impressões: desta vez nossas impressões foram semelhantes. O vinho possui um forte caráter italiano, com potência alcoólica de Novo Mundo. Aromas mais nítidos de cereja (dip n’lick), ameixa, madeira não muito elegante e leite. Lembra o perfil de um Dolcetto.
Na harmonização, tivemos que dar um desconto pois o pepperoni que compramos não tinha a picância esperada. Porém tentamos corrigir no prato com o acréscimo de pimenta do reino. Primeira parte (sem pimenta) – achamos que o equilíbrio era alcançado quando a garfada continha pedaços do pepperoni. Quando isto não ocorria, o vinho atropelava o prato. Segunda parte (com pimenta do reino polvilhada) – neste caso a sinergia foi muito melhor. Matt Kramer, autor de alguns livros sobre vinho, certa vez escreveu (acho que em algum site) a pimenta do reino arredonda qualquer ligação prato-vinho. Sempre fui muito cético a esta regra, porém neste caso dou o braço a torcer! Melhorou muito! Tanto o prato como o vinho ganharam quando provados conjuntamente. A única ressalva é o alto teor alcoólico do vinho, que briga um pouco com a comida (qualquer uma). No ranking geral, achamos que esta harmonização foi uma das melhores, logo após ou empatado com a 1ª harmonização (steak au poivre com Pascual Toso Malbec).
Dêem uma olhada na opinião do Espressa-mente.
Postado por Marcel Miwa e Nina Moori.
Comentários
Agora já sabemos do segredinho da pimenta-do-reino. :)
Gostamos da experiência, apesar de termos vivenciado algo um pouco diferente.
A primeira harmonização continua imbatível. :)
Beijos.
Rafaela
Adoro os vinhos da Finca Luigi Bosca!
Bjos
Boa semana
Márcia
e aumentou minha vontade de permanecer procurando pelo Bonarda...
beijos,
Joana
Diogo, achei que faltou um toque verde no visual do risotto, mas o sabor estava ok. Eu ainda não conhecia esta linha do Luigi Bosca.
Natural, obrigada! O risotto ainda não havia participado destas harm. virtuais. Um prato tão conhecido precisava marcar presença.
Joana, faça pelo menos o risotto...tente com um outro vinho Bonarda.
bjos,
N.
Postar um comentário
Deixe a sua opinião aqui!
Os comentários no Gourmandise estão sujeitos à moderação para evitar ofensas, apologias em geral, publicidade/divulgação de serviços/produtos e campanha eleitoral. Evite "caixa alta".