Prazeres da Mesa Ao Vivo 2007
Ontem conferimos este mega evento da revista Prazeres da Mesa realizado no campus Senac Santo Amaro. Este evento atrai chefs de cozinha, donos de restaurantes, enófilos, experts na área de gastronomia e público final. Comparando com o ano passado, o Prazeres Ao Vivo cresceu e trouxe mais atrações internacionais.
O Marcel trabalhou (na organização da degustação comandada pela Jancis Robinson) praticamente o evento inteiro e eu aproveitei para circular e degustar na companhia de três colegas de trabalho (J., H. e R.).
Assistimos algumas aulas abertas: Mauro Maia, Philipe Gobet, Viko Tangoda, Vitor Sobral e Pascal Valero - com demonstrações interessantes, mas lotadas.
Degustamos comida de bares famosos de São Paulo no Melhor da Cidade : muita coisa linda, com inspiração, talento, cuidado nos detalhes e outras finalizadas na pressa, frias e com textura e sabor ruim.
Degustamos muitos vinhos na ala das importadoras e produtores vinícolas: acabei degustando vinhos que já conhecia, mas que adoro e experimentei outros muito bons que ainda não tinha tido a oportunidade. A Decanter e a Península sempre trazem vinhos excelentes; a Villa Francione levou apenas três tintos, dos quais preferi o Francesco; na Salton degustamos o Talento 2004; entre vários outros bons vinhos.
Experimentei café na Nespresso: três blends diferentes (não lembro dos nomes) que, na minha opinião, um blend mais forte tinha torrefação excessiva, outro blend tinha torefação agradável, mas acidez sobrando e o terceiro blend era o melhor, com torrefação equilibrada com acidez, doçura e caramelo. Os descafeinados preferi não degustar, uma vez que todo café descafeinado passa por um processo químico para retirar ou diminiur a cafeína.
Infelizmente hoje não poderei comparecer, mas o Marcel (que já perdeu a vergonha de fotografar tudo) estará por lá conferindo outras novidades.
Na degustação de vinhos do Novo Mundo comandada pela Jancis Robinson era fechada para o público geral (era necessário desembolsar R$250,00 para participar) os vinhos foram: Villa Francione tinto 2004, Salton Talento 2004, Pisano Arretxea 2004, Pehuén carmenére 2004, Don Melchor cabernet sauvignon 2003 e 2004, Susana Balbo Brioso e Catena Zapata 2003.
Postado por Nina Moori.
Comentários
Bjs,
Débora
eu iria adorar participar de algo assim.
beijo,
Isso é o ke eu chamaria de (me desculpe o termo) "orgia" gastronómica!
Beijos!
Fezoca, considero uma boa oportunidade para conhcer rótulos de vinhos, pinçar algumas idéias de comidinhas e conhecer as tendências.
Eliana, Flor de sal e Nani, estava super lotado, principalmente à noite, mas valeu pela oportunidade de experimentar boas comidinhas e bebidas.
Eduardo Luz, as aulas tinham um limite de lotação, mas estavam com lista de espera e muitas vezes conseguíamos entrar. As degustações dirigidas estavam quase todas lotadas, acho que a inscrição foi feita via net.
Qto aos jantares, nem me interessei porque o valor era exorbitante. Concordo que vários jantares com chefs estrangeiros foram tentadores. Para provar as degustações com chefs nacionais ou que trabalham aqui, prefiro muito mais visitar os restaurantes em que trabalham (não é comum gastar R$400,00 por pessoas em um restaurante).
bjo e abs,
Nina.
Fiquei curioso para saber como foi esta degustação com a Jancis Robinson. E os vinhos degustados? Temos duas destas garrafas em nossa adega.... Se puder conte mais detalhes sobre o evento e os vinhos...
Semana passada provei um café Nespresso. Fui acompanhar uma produção de fotos de comida e o fotógrafo que é francês e chef de cozinha formado por lá trouxe o café e me ofereceu...
O evento pareceu muito interessante.
Abs.,
Eu só fiquei olhando a degustação pela janela (O marcel responderá depois sobre a degustação), mas na hora da saída, choveu uma quantidade imensa de pessoas em cima da Jancis par tentar conversar ou tirar foto. Ela é muito simpática e acessível (contrariando a fama dos ingleses).
Quanto ao Nespresso, gostei, mas sou antiquada, ainda prefiro a máquina de espresso tradicional.
Sylvia, apenas aproveitamos nosso cantinho para comentar sobre os eventos da área enogastronômica. Que bom que gosta de ler!
bjos e bom fim de semana,
Nina.
E estava reparando nas fotos dos vinhos e vi um Nicolas Catena Zapata. Este vinho é aquele muito bom que não se encontra no mercado argentino de jeito nenhum ?
Ah ! E como voce viram, fomos ao Eñe, pedimos o menu degustação e gostamos demais !!
Quanto ao vinho, não tenho certeza, o Marcel responde depois.
Que bom que gostaram do menu degustação do Eñe, eu achei que os pratos eram muito bons e a finalização delicada.
bjo,
Nina.
Antes de mais nada, desculpe pelo atraso para responder os comentários.
Quanto aos vinhos, vamos começar com os nacionais:
Comparativamente, tanto o Villa Francioni qto o Salton sairam perdendo: são de boa qualidade, mas em relação aos outros falta-lhes maior concentração para dar equilíbrio.
O Pehuen é um carmenere da Santa Rita muito concentrado, com tostado intenso e, apesar de não gostar da tipicidade desta uva (particularmente), este é um bom exemplar (só perde para o Carmin de Peumo, este sim fantástico).
No Pisano Arretxea sobre álcool e taninos, fruta ainda muito fechada, leve toque animal. Necessita tempo, mas ainda assim menos complexo que os dois seguintes.
Don Melchor 2003, para mim o melhor. O que estava no ponto para o consumo. Excelente complexidade, equilibrio entre álcool, acidez, tanino, maciez e fruta.
Nicolas Catena Zapata, acho que é o vinho que está esgotado no mercado argentino. Salvo engano, acho que o 1997 é uma lenda. De excelente qualidade, frutado intenso, taninos abundantes, com futuro brilhante.
Quanto a Jancis Robinson, na palestra, tentou dar uma pincelada em todos os temas atuais sobre o vinho. Efeitos das mudanças climáticas, tecnologia X terroir, novos países produtores, fair trade, orgânicos e novos mercados consumidores.
Caso vcs queiram detalhes de algum dos temas, basta solicitar, se fosse escrever sobre tudo, daria para postar um livro. rsrs
abs,
Marcel Miwa.
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